domingo, 8 de julho de 2007

Homenagem a minha mãe Geny.


Sou imensamente grata por todas as coisas que você fez e faz possível na minha vida. Te amo!
DESENCONTROS
Um vai, outro volta. Um tenta, outro sai. Um deixa, outro quer pegar, e a porta é sempre a mesma, mas poucos se encontram. Muitos passam por essa porta sem muito objetivo. Nada observam e a vida se encarrega normalmente dos eventuais encontros. E como pouco se conhece e pouco se exige, da casualidade surge o compromisso, as obrigações que se associa a uma boa dose de comodismo. Outros , sabem porque o fazem, mas não se encontram do mesmo jeito.
Ora! Se a procura é a mesma porque tantos desencontros?

A resposta para tal questão pode estar na essência de cada um, cuja diversidade difere nos resultados da busca. Em muito urge o desejo íntimo que as coisas se contretizem além dos limites da fantasia. Uma maioria entretanto, prefere mesmo é sonhar. Nos sonhos o final é sempre feliz e o sonhador sempre participa da vitória, tem sempre a melhor resposta, é mais perpicaz quando não é o próprio herói.

Para muitos sonhar é quase sobreviver, é uma alienação quase total da vida e o acordar desse sonho e partir para a real é uma coisa que se faz na maioria das vezes com muita relutância, por exigência da vida.

Infelizmente, ou felizmente somos julgados pelos nossos atos, e nao pelas nossas intenções. É preciso fazer gol, é preciso agir. Buscar, e quem sabe se buscando há uma chance para o encontro. A porta é a mesma, mas os caminhos percorridos parecem ser paralelos. Um é indiferente, outro é sentimental. Um quer fazer amor, outro quer transar. Um sente frio, outro sente calor. E os desencontros acabam sendo pivo das mais diversas lamentações, frustações e anseios contidos. Encontrar um meio termo parece quase impossível quando o orgulho, a vaidade e o egoísmo se fazem presente. Pois para se encontrar é necessário muitas vezes conceder, fazer de conta que não sabe, renunciar. Ganha-se aqui , perde-se ali. Não se pode ter tudo ao mesmo tempo.

Porém, para tudo há sua hora. Mas quem sabe faz a hora não espera acontecer. Diz as coisas certas, para as pessoas certas, nos momentos certos. Não faz aquilo que não gostaria que fizesse a si. Não se acovarda, caminha, luta, compreende, aprende. Muda a rota quando necessário. Forçam muitas vezes um sorriso. Não lementam das tentavivas em vão e tornam o raro em possibilidade.

No campo dos desencontros perde mais quem não acredita, quem se conforma, quem não analisa. Só que a porta é sempre a mesa. Cabe a cada um a tentativa do encontro.

Texto escrito por Geny Cantos 02/12/91. Sempre guardei este texto com muito carinho, pois desde pequena, sempre me indentifiquei muito com ele. Quem diria que este texto um dia sairia de um papel escrito em uma máquina de escrever e viria parar em um blog?


4 comentários:

Anônimo disse...

Adorei conhecer minhas sogra.

Lucy disse...

aiaiai... quem será este hein?

Unknown disse...

Te amo minha linda . Me identifico muito ainda com texto

Unknown disse...

Lindo texto!